João PessoaO século XXI é considerado o primeiro século verdadeiramente urbano da história da humanidade, uma vez que, nunca antes tantas pessoas viveram em áreas urbanas como agora. Em tempos de globalização, o crescimento das cidades é impetuoso e irreversível. Somos cada vez mais cosmopolitas e multi-étnicos.
Há cidades misteriosas, enfeitiçadas e lindas. Algumas, simplesmente amamos, elas nos impressionam tanto que nelas gostaríamos de viver. Outras, porém, nos espantam. São enormes, metafísicas e confusas. Sua beleza é coberta por um ressaibo de perigo e já não podemos peregriná-las com tranquilidade.
São Paulo, por exemplo, cresce de forma espantosa e é quase ingovernável. É a metrópole do imigrante, um mosaico de paradoxos, onde o luxo e a miséria caminham lado a lado. Alguns não tem o que comer, outros penduram em sua sala de estar uma obra autêntica de Picasso.
Há cidades que são faceiras como uma menina e e dignas como uma velha senhora, como por exemplo Lisboa - a namorada dos poetas. Outras nasceram para ser nobres, como Estocolmo, Praga e Viena. Lembro, neste contexto, de Roma, a cidade eterna, assim como de Atenas, a cidade olímpica.
Falemos de cidades extremamente limpas, como Calgary, no Canadá e Honolulu, no Havaí. Há também aquelas que são exorbitantemente caras, como Tóquio, Osaka e Moscou. E olhe, um dos centros mais verdes do planeta – estou envaidecida! – é a nossa João Pessoa.
Lembro de Paris, cidade luz, e imagino a Nova Yorque de Woody Allen, aquela que nunca dorme. Traço Londres, uma cidade imperdível, e São Petersburgo, a que foi construída por sobre ilhas. Gosto muito de Berlin, o palco da cultura, cidade transformação. Naturalmente é preciso falar de Veneza, de Recife, de Hamburgo, de Copenhague e de Amsterdam, cidades românticas e lindas, circundadas por águas.