sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A comunicação

A comunicação é uma troca. A essencialidade da permuta está no olhar, que é a forma primordial da comunicação humana. Nele está a maciez de um silêncio e o segredo de uma palavra ainda não dita. Mesmo que inaudível, devo compreender sua verdade e sua significação. O olhar é a primeira mensagem arremessada. Ao recebê-la e ao perceber o seu sentido, houve comunicação – uma troca sensível, mas extraordinária.
Ao abrir a janela de minha casa, estabeleço uma forma de correspondência, pois estou enunciando um contato e uma aproximação. Possibilito, desse modo, o encontro com o meu primeiro vizinho, que é o receptor. Meu aceno é a mensagem que pode ser interpretada, livre e espontaneamente. Ao sair pelas ruas, comunico-me através de meus gestos e com a minha expressão facial. Confiro contatos com a musicalidade da voz e com possíveis cumprimentos. Com estas atitudes, elaboro e compartilho signos e símbolos que estão inseridos em minha mensagem. Assim sendo, divulgo subjetividade e despejo minha individualidade. Nascerá um diálogo? Talvez! Comunicar-se é, na verdade, um aprendizado constante, pois não vivemos isolados e nem tampouco somos completos. Em sua magnitude, a troca é fundamental.
Dispomos hoje de uma infinidade de códigos extremamente exatos, com os quais estabelecemos contatos sem limites. Procuramos desenvolver uma tecnologia avançada e que esta se configure veloz e perfeita. Pela trajetória dos tempos, nós humanos nos tornamos especiais e talentosos, feito uma colméia de abelhas altamente organizada. Estamos famintos por comunicação, rápida e eficaz. Nesta seara, avançamos a passos largos, e a colheita é rica e boa. O desejo de conquistar o cosmos em fração de segundos, é o nosso principal objetivo. Por ele, estamos irremediavelmente deslumbrados. Em nossa sofreguidão, queremos acelerar o entendimento e torná-lo cada vez mais preciso e engenhoso. A comunicação, em seu universo, confere-nos possibilidades múltiplas e incomensuráveis. Oxalá a usemos para o bem de toda aldeia global.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sensommer