quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O contista
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
A menina e o poeta
Canção para Quintana!
A menina amava os versos do poeta. Do Caderno H recortava versos e prosa, lindas palavras. Eram rimas graciosas, dosadas com a leveza das coisas simples do cotidiano. Colecionava-as todas, tal qual bilhetinhos de amor. Seu baú se enchia de papéis recortados, cânticos melodiosos e ritmos versejados. O poeta falava em pinhão quentinho, em vento ventando, em pé de pilão, em florzinhas crescendo e em tantos outros cantares... Quintanares!
Pois, a menina se divertia com as maluquices do poeta e deliciava-se com seus modos travessos: ora malicioso, traquina e engraçado; outras vezes, melancólico, complexo e afetuoso. Era a arte de um grande escritor que invadia os seus caminhos, através dos quais, palpava e tateava a própria realidade. Um desejo inquieto... a menina e o poeta.
O tempo passou. A menina refez seus caminhos e foi em busca de outros mares e de outros ventos. Em sua bagagem levou um punhado de poemas admiráveis, escritos num livro azul, rosa, branco e vermelho - lembranças concretas de uma infância cheia de espelhos mágicos. Encheu a mala com versos que encontrou numa ruazinha sossegada, ladrilhada de amores sedentos, a Rua dos Cataventos.
E o poeta? Ora, ele continuou a fazer versos, sonetos e confidências. Encheu o mundo de cânticos, interjeições e de reticências. Depois... um dia desses, resolveu ir embora – virou estrela. Seus poemas, porém, ficaram e jamais passarão. Eles estão em toda parte, passarinhando aí pelos ares: e que leves, lindas filigranas. Mário Quintana vai colorindo as horas... As horas quotidianas!
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Você sabia que...
É uma tradição nórdica. As árvores se encontram em muitos parques e são lindas. Quando a criança concorda ou quando ela mesma decide deixar o bico, toda a família – pais, irmãos, tios e avós- acompanham -a para, em ato solene, pendurar a chupeta na árvore. É quase um ritual festivo que evita lágrimas e dores. Ou, pelo menos, suaviza a despedida. É como se fosse um presentinho para a árvore, que desse modo, fica enfeitada. Parecem flores! Sempre quando a criança fica com saudades do bico, ela pode voltar para revê-lo e conversar com ele.
Estas árvores coloridas já se expandiram por muitas cidades européias.
Crédito da imagem, aqui!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Insônia
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Era uma vez um muro...
"Mister Gorbachev, open this gate! Mister Gorbachev, tear down this wall!"
Ronald Reagan
Nenhuma outra cidade européia foi tão destruída pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. Berlim foi o grande palco da história do século 20, marcada de forma dolorosa pela Guerra Fria, representando concretamente, através de um muro sólido, a divisão do mundo em dois sistemas governamentais distintos. É impossível não lembrar do muro quando falamos de Berlim, muito embora já não exista mais. Felizmente! Para quem quiser sentir a história de perto, poderá admirar mais de um quilômetro de muro perto da estação central de trem.
A tragicomédia de Wofgang Becker revive os últimos meses da extinção da Alemanha Oriental. A história é contado com uma nostalgia quase dramática e comovente. O filme toca a alma dos alemães profundamente, tanto do oeste como do leste, unindo sentimentos de pessoas que agora vivem num país unificado.O muro, ao cair, fez tremer a cidade, como se estivesse sendo sacudida por um terremoto. Foi um acontecimento marcante na vida política da Alemanha e na história contemporânea. A cidade, outrora dividida, é hoje unificada e habitada por alemães do oeste e leste e por muitos estrangeiros, formando um mosaico cultural surpreendente.Faz 20 anos! A queda do Muro de Berlin!