Ventos de outono balançam o dia. Trazem-me aromas de frutas maduras. Aqui no jardim, sozinha, ouço o transformar dos ciclos. Cores únicas. Olho-as admirada. As formigas fazem
fileiras e carregam folhas cortadas nas costas – é preciso fazer
depósitos para quando no inverno estiver fazendo frio demais. Se não fosse essa profundidade nas coisas. Se
fosse mais leve como o farfalhar das folhas caídas. Assim,
preciso contar, pois poderá transbordar de mim. O
aconchego de tudo me envolve e eu sinto algo tão bom. Deixo-me levar – e
tudo é imenso, e belo.
Texto/Imagem: Ilaine
6 comentários:
Recolhes as cores, as sensibilidades, as belezas. Recolhes tão bem. Aceitamos o que nos oferece.
Amiga Ila, só o fato de perceber a formiga mostra o tanto de sensibilidade que carrega. Bjos.
"Se não fosse essa profundidade nas coisas", se não fosse a sua tão poética e delicada escrita...
Que texto encantador, Ila!
beijão!
;))
Adorei a imagem também.
Um beijo
Esse aconchego com o entorno, essa ternura... essa mediação lírica e emocionada com as coisas em derredor, eis o que nos faz humanos, o que nos faz poetas...
Abç fra/terno
Num momento de dor, as palavras nos acalmam
obrigada
citei vc no meu blog, hoje
bj
Zizi
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