quarta-feira, 13 de maio de 2020

Meus livros... Carrego-os por todos os lugares. Eu os guardo e os procuro. Sem eles, minha vida seria vazia. Somos cúmplices, eu e eles, pois percorremos um caminho juntos e nos afeiçoamos. Cada volume na estante tem sua forma, seu tamanho e seu estilo: um universo. Em minha sofreguidão, escolho um deles. Abro-o e, no mesmo instante, ocorre algo delicioso: já estou em outro lugar. O livro conta e eu ouço. Ele guia e eu sigo, ele sugere e eu me encanto, ele traz e eu levo. Seguro-o em minhas mãos. Observo sua capa e passo os dedos nas letras grandes de seu título. Folheio-o e invado sua esfera. Há passagens que quero reler. Em suas páginas encontro os versos do escritor, palavras edificadas por um sentido e lapidadas por sua sensibilidade. No volume em minhas mãos, há um tempo guardado, uma história escrita para mim, que me toma e me embriaga. Nele encontro poesia em forma de voz, que me fala através de palavras visíveis e outras... nas entrelinhas. E nessa prosa repouso e me inquieto. Depois de um breve reencontro, reponho-o na estante. Ou, então... sou Bastian e acabo participando de sua história. Sem fim.

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