O rio banha suas margens
em suaves murmúrios,
em suaves murmúrios,
feito um amante cuidadoso.
Beija as pedras imóveis,
e demora-se em seu liso leito.
e demora-se em seu liso leito.
Sem pressa, espalha suas águas em largos
e doces lençóis – espelho polido.
Solista, o rio delira sua ária ao vento
e se vai.
e se vai.
Flui, agora veloz, a cantar
e haverá de se perder,
e haverá de se perder,
haverá de se perder
(de amores)
pelo mar.
(de amores)
pelo mar.
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