segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Haiti

No Haiti...
A menina dançava,
o menino pulava.
Algumas vezes... eram crianças.
Outras vezes, escravos.

No Haiti...
A menina pobre não dança mais.
Não brinca de boneca, nem pula sapata.
Descalça e sozinha, está esmagada de dor,
de tristeza.

No Haiti...
O menino não pula, não solta pipa, já não toca tambor.
Nunca mais. Um dia teve sonhos...

No Haiti todos são órfãos.
Órfãos de tudo.
Perda. Fome. Destruição.
Abandono. Dor extrema.

16 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

O Haiti precisará da ajuda internacional - as crianças precisarão de muita assistência e cuidado. Mas as crianças recuperam-se mais depressa. Beijos, querida.

Paula Brasileiro disse...

O Haiti é um órfão! Sempre foi... Triste realidade!

Sandra Botelho disse...

Poxa que tristeza, tenho até sonhado com isso.
Poxa corpos caidos ao chão como se fossem nada.
Muita tristeza.
Bjos no coração!

Unknown disse...

Lindíssima homenagem-

Beijo.

Canto da Boca disse...

"...Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui..."

Esse sismo é uma tragédia sem igual, a impotência me faz sentir nada mais que um pó.

Beijo, Ila.

Anônimo disse...

Agora,
é começar tudo de novo!
Bjs.

Francisco Sobreira disse...

E que bom ler esse poema. Você revela a sua sensibilidade de poeta sobre a grande tragédia que se abateu sobre o Haiti (como se não bastasse a ele ser um dos países mais miseráveis do mundo) com versos simples, ternos, mas fortes. Num outro contexto, a sensibilidade numa noite de insônia. Um beijo.

Dilberto L. Rosa disse...

Poema sensível sobre "um problema chamado Haiti", agravado com a tragédia recente do terremoto e da miséria que impede atémesmo as ajudas comunitárias! Parabéns pelos belos versos! Abração!

Osvaldo disse...

Ilaine;

Linda e sentida homenagem que prestas a todos os órfãos do Haiti.

São momentos dificeis para as populações que vivem estas catástrofes e todas as iniciativas, mesmo poéticas, são sempre bem-vindas para atenuar o sofrimento de quem as vive.

Desculpa andar um pouco ausente, mas é sempre assim no início dos anos, pela falta de tempo que a preparação das várias exposições requerem.

bjs, Ilaine,
Osvaldo

Elcio Tuiribepi disse...

Ahh...o Haiti...os problemas da gente ficam tão pequenos quanto comparados ao deles, que a gente se sente até envergonhado as vezes do nosso próprio egoísmo...
Elaine...queria te convidar...lá vai...rs

Vamos a parte colada...rs

Mudando de assunto, eu agora te convido a participar do aniversário de três anos do Verseiro, no dia 26 de janeiro.
A idéia é que cada um que queira participar, faça uma postagem colocando uma foto sua quando criança ou adolescente junto a irmãos, primos ou amigos e conte alguma passagem de sua vida nessa época, alguma travessura, algum fato que marcou em sua memória de forma alegre, engraçada...rs
Vamos comemorar e sorrir juntos...
Conto com sua presença, mas fique a vontade quanto a fazer a postagem ou não ok...

“O passado não reconhece seu lugar
Está sempre presente”

Mário Quintana

Um abraço na alma...bjo

Daniel Hiver disse...

Oi Ilaine! Eu, como tu, fiquei imensamente trsite com o que aconteceu lá no Haiti. Algumas imagens agitaram a minha alma. Bonita homenagem essa que você fez. Fiquei aqui pensando que tens razão. Em vista da pobreza, da falta de recursos e a desesperança as crianças do Haiti já viviam soterradas. Soterradas de trsiteza, medo e falta de oportunidade e de condições básicas. Agora este novo soterramento só veio soterrar ainda mais. Nós que comemos, dormimos bem e andamos sobre solo que não treme não podemos, em nome de nossa humanidade, virar as costas para a dor de nosso próximo. Aquilo lá é de uma trsiteza amazônica.
Um abraço amiga!

Berê disse...

É lamentável, querida Ilane. Mais lamentável, ainda, é o mundo todo se mobilizar em ajuda depois da catástrofe, porquê não antes também???
Abração amiga.

Josselene Marques disse...

Ilaine:

Lamento profundamente esta catástrofe e solidarizo-me com os sobreviventes.
Seu poema ficou lindo e é um registro histórico, em forma de poesia. Você conseguiu imprimir beleza ao caos. Parabéns!!
Abraço enorme e obrigada pelas visitas ao meu blog.

lula eurico disse...

Amiga querida! O Sol nasceu de novo aqui!!!

Mary disse...

Oi, Ilaine...
Lindas (apesar de trsites) as tuas palavras. Esse povo tão sofrido precisa muito mais do que gestos solidários (embora eles sejam imprescindíveis). Precisa de respeito para readquirir sua dignidade.
Vim te avisar que voltei a postar no meu blog. Espero tua visita.
=)
Beijos meus.

eder ribeiro disse...

A tragédia da humanidade é pôr os olhos longe de quem mais precisa. Bjos.