quinta-feira, 14 de abril de 2011

Do amor


Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval.
Vinícius de Moraes

O amor é essa coisa grande de que tanto falamos. Quatro letras formam um sentido babilônico, cuja interpretação procuramos decifrar e viver. Diz o livro das palavras que é afeto, que é amizade, bem-querer, ardor, é paixão: namoro, relacionamento, romance. O amor que tenho se manifesta em moldes diversos, os modelos são infinitos e a quantidade quase sempre é imensurável. Me apaixono inúmeras vezes por tantas coisas ou por alguém. A inclinação nascida me faz levitar e então tenho borboletas dentro da barriga... e elas querem voar. O significado dessa pequena palavra já não cabe numa gavetinha. Não, para o amor é preciso uma cômoda inteira com múltiplas caixas corrediças e ainda assim nunca vai sobrar espaço para encerrar este sentimento: signo de muitas facetas… e de tantas loucuras. Com certeza eu e você estamos em consenso de que a vida de nada valeria se não tivéssemos amor. Quem de nós nunca foi uma Julieta ou um Romeu? Quem não viveu um amor juvenil ilimitado, capaz de transpor o mais complexo dos obstáculos? Quem ainda não bebeu desse cálice? Ainda que menos trágico como no clássico de Shakespeare, já sentimos o mundo ruir ao redor de nós. Dá o que falar, o amor. Amor que faz as almas gêmeas. Afeição dobrada e traçada, um dar e receber - de mãos dadas.



Imagem by~TheRainlsMyMusic

12 comentários:

Anônimo disse...

Lindo seu texto amiga!
O amor devia ser sempre assim!
Bjs.

Paulo Francisco disse...

O amor é assim mesmo. Ele é maior que tudo; é maior que o mundo.
Um beijo

lula eurico disse...

Há nessas gavetas o amor afetuoso e fraterno dos que te visitam e te admiram?
Então já podes providenciar uma maior.
Pois esse amor cresce a cada visita. rs

Um caloroso abraço, bem brasileiro.

Samaryna disse...

Ilaine, engravidada de borboletas, isso é lindo. Um dia desses estava conversando com o Eder sobre as pessoas, na língua poetuguesa, usarem pouco o "eu te amo", parece que temos vergonha de expressa o amor que sentimos ao amigo, ao irmão e etc, só fazemos isso ao conjugue. Não preciso dizer que amei o seu texto. Deixo o meu afeto.

Anônimo disse...

Eu venho aqui pra suspirar...quer coisa mais linda que isso???
Obrigada!
beijo

Paula Barros disse...

Amor, e as inúmeras formas de se sentir, de se manifestar em nós.

Fantástica esta associação com a cômoda e com as gavetas.

beijo

Paula Barros disse...

Antes de ir, enquanto fechava, me veio à cabeça.

Nós amamos tão errado, tão equivocado, isso foi o que pensei de mim para mim, e apenas registro. Ou eu amo errado. kkk ???

outro beijo.

Bel Alves disse...

Quem nunca teve um a primeira paixão?E não a juvenil...aquele que faz loucuras, que chora,grita e fica doente de tanta paixão..Que essas borboletas ficam com vontade de voar quando enxerga aquela paixão...Mas o amor é algo mais tranquilo, que te completa, que não tem desconfianças e que tem muito mais que uma cumplicidade...beijo

Sandra Gonçalves disse...

Amar é...Não saber explicar.beijos achocolatados

Luis Eustáquio Soares disse...

sempre vinco vínculos lindos,
seus poemas em prosa. salve, viva!
b
de la mancha

Luis Eustáquio Soares disse...

te amo na distância dos ritmos dos ventos cardíacos, no porto, solto,
horto, nunca morto, pois ensai-amos
nossos ditirambos poemáticos, poe-amático, corporalmente almático... de amo amo amo
b
l

Canto da Boca disse...

O amor é a maior revolução do mundo, e é "uma droga pesada" (faço uma alusão à Maria Rita Kehl)! Não há quem resista a ele, todos sucumbemos!

Beijão!