Os dias são muito curtos. Há tanto para fazer nestas alegres horas cotidianas. Ora é o trabalho de minha casa e a convivência familiar, ora é o sonho que toma boa parte de meu tempo. Herdei de minha avó paterna a paixão pelas coisas pequenas. Aprendi com ela a amar as flores, a noite escura e a lua. Nossa vida telúrica, lá no interior do Rio Grande do Sul, era um grande palco, onde a atuação dos personagens reais e conhecidos se transformava em contos ilustrados na voz doce de vovó Elisabeth. Tudo era graça naqueles entardeceres mornos de verão, a vida era como um balão colorido que saía a voar pelos vales em busca de novidades. Falo de um outro tempo, mas eu o trouxe em alguma pequena repartição nas malas de minhas viagens. E hoje tenho essas lembranças aqui, com cuidado guardadas. De vez em quando - assim como agora que estou contando para você! - eu as desembrulho. Pouco a pouco abro o papel, fino como seda, e então toco-as, e elas voltam a brilhar, tal qual pérolas de vidro.
No entanto, o dias são muito curtos para contar todas as histórias... Elas me ocupam demais e eu preciso continuar a escrevê-las. E agora esta crônica tomou esse rumo... e eu já não posso modificá-la nesta vastidão de sonhos... Que tenho!
Imagem: Ilaine
16 comentários:
Querida Ila, eu me dou assim tb qdo nas tardes de verão, as chuvas, ao evolar do chão o aroma característico de terra molhada, me levam de volta no tempo, e eu me vejo tomando banho na chuva e minha mãe gritando para sair e meu Vô aos risos pedindo para eu me divertir... Saudades. Te ler foi uma excelente viagem. Bjos.
Ila
Maravilhoso você herdar de sua avó o dom de admirar as coisas simples e lindas desta vida. E é maravilhoso você compartilhar conosco na sua maneira de escrever o seus lindos textos.
Um grande abraço
Como sempre Ilaine,muito bom passar por aqui!
Suas lembranças sempre me fazem viajar no tempo.
Já não consigo deixar de passar por aqui.
Beijo minha linda amiga,fique com Deus!
vastidão de sonhos...
Tão lindo!
Bjs.
Minha querida... E nas tardes mornas cheias de histórias eu me sinto embalada contigo. Que bom...
E sei bem que voaste, num desses balões e ele foi parar lá do outro lado do mundo. Para para que tivéssemos uma contadora de histórias (reais e ficcionais) do seu quilate e embalasse também os nossos sonhos e as nossas vastidões, nascidas/os da sua emoção.
Um beijãozão!
;)
esplendida magnifica herança de tua
avo!!!!
..e tua vastidao de sonhos, sabe, assim deve de ser!!!!
te admiro, beijos
Ahh Ilaine o que seria de nós sem essas doces recordações que nos aquecem e enriquecem a alma e os dias?
Suas palavras encontram guarida no meu coração.
Um beijo carinhoso
E nem deve tentar modifica-las. São tão belas suas palavras e suas lembranças.
beijos
Sua crônica me lembra o que Dauri tem escrito, que é este retorno das vivências de outros tempos que nos formaram, e que retornam em lembranças, em histórias.
Um outro texto, um cheiro, um vento, uma imagem, uma música, e lá vem o tempo dançando por nós. Lá vem nós mesmos embrulhados nas lembranças.
E assim vamos vivendo um novo tempo, construindo novas histórias.
beijo
aqui tudo é tão leve...
É extremamente recompensador valorizar as pequenas grandes coisas e guardá-las em "caixas" atemporais que são nossos corações.
;)
Ah, eu não sei, Ilaine, creio que as histórias também são contadas, quando as vivemos. Tu tás fazendo teu próprio balão a voar e no alcançar desprevenidos, fazendo-nos olhar para o céu à procura do azul e do balão brincalhão que teima em voar para longe e sempre mais...
Beijo.
Magna
Querida amiga minha,
lindo balão!
lindas recordações!
Não sabia que existiam pérolas de vidro...
devem ser lindas.
Tenho um convite para ti, Ilaine, em meu blog Botões de Madrepérola. Ficarei feliz e grandemente honrada se você aceitar!
Um beijo,
desde Brasil.
...és uma
bem aventurada...
bj
Ilaine...
Tens ainda muitas páginas em branco para escrever! Mas nessa vastidão de sonhos que em ti habitam haverá sempre um lugar onde o impossivel acontece!
Beijos,
AL
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